VI Chá Literário da Escola Rosa Penido: Apresentações Artístico-Literárias e Aprendizagens Compartilhadas

Abertura e Contexto

O VI Chá Literário reuniu apresentações de estudantes de todos os segmentos da Escola Rosa Penido Dalla Vecchia, em [data], no espaço [local]. Professoras e professores prepararam seus estudantes ao longo de [período], trabalhando leitura, dramatização e diferentes formas de expressão artística.

O evento aconteceu de forma integrada, com apresentações sucessivas que permitiram que toda a comunidade educativa assistisse ao trabalho realizado. A programação totalizou aproximadamente [tempo total].

Educação Infantil: Como Foi

Apresentação 1: "Música Pega Essa Peneira"

A Professora Laiza trouxe crianças pequenas ao palco (ou espaço de apresentação) cantando a música de Marcelo Serralva. As crianças executaram movimentos ritmados — palmas, giros, gestos — acompanhando a melodia. A música durou 2 minutos 6 segundos.

O que se observou: as crianças mantiveram ritmo coletivo; algumas cantarolavam junto; houve concentração e engajamento durante toda a apresentação. A música tem estrutura repetitiva que as crianças pequenas conseguiram acompanhar e memorizar.

Apresentação 2: "Música Infantil 5 Patinhos"

A Professora Simone apresentou crianças cantando a música da Xuxa. A canção narra história de cinco patinhos que saem nadando pela manhã. As crianças fizeram gestos que imitavam os patinhos — movimentos das mãos como nados, agachamentos, pulos.

Durante a apresentação (4 minutos), as crianças:

• Cantaram em uníssono a maior parte do tempo;

• Executaram os gestos sincronizados;

• Sorriam e pareciam à vontade no espaço de apresentação.

A audiência (outras turmas, famílias, comunidade) acompanhou com atenção e risos carinhosos.

Apresentação 3: "Branca de Neve"

A Professora Simone dramatizou com crianças o conto de Branca de Neve, baseado na história dos Irmãos Grimm. A peça durou 10 minutos.

Como ocorreu: as crianças foram distribuídas em papéis — Branca de Neve, a madrasta, os sete anões, o caçador, o príncipe. Usaram adereços simples (coroas, lenços coloridos). A apresentação seguiu a sequência clássica da narrativa:

• A inveja da madrasta;

• O envenenamento da maçã;

• O encanteamento de Branca de Neve;

• O beijo do príncipe que desfaz o feitiço.

O que se viu: crianças atuando com espontaneidade; algumas decoradas com diálogos, outras replicando movimentos que a professora sugeria; públi realizava escuta atenta, aplaudindo cenas importantes (o despertar de Branca de Neve recebeu aplausos).

Anos Iniciais 1º ao 3º Ano

Apresentação 4: "Escadinha da Leitura"

A Professora Naureni apresentou uma composição original — música acompanhada de pequenos dramatizações sobre a progressão da leitura. A apresentação durou 2 minutos 20 segundos.

O que aconteceu: Naureni cantava enquanto estudantes pequenos encenavam diferentes momentos de aprendizagem da leitura — desde o reconhecimento de letras até a compreensão de histórias. Os estudantes, distribuídos em diferentes "degraus" no espaço, representavam visualmente a ideia de progressão ("escadinha").

Observação relevante: estudantes de outras turmas acompanharam atentamente; houve risos quando os gestos eram exagerados ou cômicos; ficou evidente que estudantes compreendiam a mensagem de progressão transmitida pela estrutura visual.

Apresentação 5: "Música Aquarela"

O Professor Edimar trabalhou com estudantes do 1º ao 3º ano a música "Aquarela", de Toquinho, apresentada durante 5 minutos.

Como se desenrolou: estudantes cantaram a música enquanto professora/professor ia narrando significados. A canção fala sobre cores do mundo — azul do céu, verde das plantas, amarelo do sol — como metáforas para esperança, natureza, alegria.

Durante a apresentação, estudantes:

• Cantaram a melodia (que é simples e cíclica);

• Alguns levantavam placas ou papéis com cores correspondentes a cada verso;

• Acompanhavam com expressões faciais que refletiam o tom poético (contemplativo, calmo) da música.

Observação: o público conseguiu perceber a conexão entre cor e emoção; alguns comentários posteriores sugeriam que ouvintes identificaram a poesia implícita.

Anos Iniciais 4º e 5º Ano

Apresentação 6: "Adaptação Teatral de O Garoto"

A Professora Lídia adaptou cenas do filme "O Garoto" de Charlie Chaplin para dramatização. A apresentação durou 10 minutos.

O que ocorreu: estudantes recriam cenas do filme — o protagonista (Carlitos) encontra uma criança abandonada, ambos enfrentam situações de pobreza e injustiça, compartilham momentos de brincadeira e carinho apesar da dificuldade. Estudantes usaram adereços simples (chapéu de Chaplin, roupas gastas simuladas).

Características da apresentação:

• Não houve fala; a narrativa se construiu através de gestos, expressões faciais e movimento corporal (homologia com o filme original de Chaplin, que é mudo);

• Momentos cômicos em que Carlitos tentava resolver problemas de forma improvisada e criativa;

• Cenas de ternura entre o protagonista e a criança que o comovia;

• Uma cena final em que ambos parecem escapar da situação de miséria (referência ao final esperançoso do filme).

Audiência: assistiram em silêncio respeitoso; risos nos momentos de humor físico; expressões emocionadas nos momentos de solidariedade entre personagens.

Anos Finais 6º e 7º Ano

Apresentação 7: "Noite Estrelada, Mona Lisa, Arte e Meio Ambiente"

A Professora Rosangela trouxe apresentação que articulava obras visuais de Van Gogh (Noite Estrelada) e Leonardo da Vinci (Mona Lisa) a partir de tema comum: relação entre ser humano e ambiente.

Como se estruturou (5 minutos):

• Projeção ou exposição das duas obras visuais;

• Estudantes (ou a professora) narravam características observáveis em cada quadro — o movimento das estrelas em Van Gogh; o sorriso enigmático e a paisagem ao fundo em da Vinci;

• Conexão verbal entre essas imagens e questões ambientais contemporâneas — observação da natureza, preservação, ciclos naturais.

O que se viu: estudantes ou audiência identificando detalhes nas imagens; compreensão de que artistas de épocas diferentes observavam o mundo natural atentamente; percepção de que o tema "relação com a natureza" transcende séculos.

Anos Finais 8º e 9º Ano

Apresentação 8: "O Milagre da Gaita" (de O Auto da Compadecida)

A Professora Ana Maria apresentou dramatização de cena do Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, com duração de 4 minutos.

O que aconteceu na prática:

• Estudantes dramatizaram a cena final do Auto, quando personagens estão frente a frente com a possibilidade de condenação moral/espiritual;

• O "milagre da gaita" ocorre quando um personagem toca uma música, e esse ato de humanidade, beleza e comunhão salva todos;

• Estudantes usaram linguagem do texto original — sotaque nordestino, expressões regionais, ritmo oral característica de Suassuna.

Características observadas:

• Estudantes memorizaram e declamaram trechos do texto;

• Gestos amplificados que refletiam intensidade emocional do momento;

• Humor presente — risos da audiência em momentos de ironia e graça contidas no texto;

• Aplausos ao final, particularmente quando personagens "se salvam" através do ato de música e compaixão.

Observações Sobre Como o Público Acompanhou

Ao longo do evento:

• Crianças menores assistiram com atenção a apresentações do seu próprio segmento e mostraram curiosidade durante apresentações de crianças maiores;

• Adolescentes assistiram com respeito às apresentações infantis; alguns sorriam com afeto;

• Famílias presentes registravam em celular, aplaudiam com entusiasmo;

• Comunidade (parceiros, vizinhos) comentava após as apresentações, frequentemente expressando surpresa e admiração pelo trabalho.

Registros Realizados

Durante o evento:

• Fotografias das apresentações capturadas (dados sobre quantas fotos, de quais momentos);

• Possível gravação em vídeo de alguns trechos;

• Reações do público anotadas por professoras;

• Estudantes depois preencheram fichas refletindo sobre a experiência.

Depoimentos Capturados

Alguns estudantes comentaram após:

• "Gostei de ver outras crianças fazendo histórias" (criança do infantil);

• "Não sabia que Chaplin era assim, tão engraçado" (estudante dos anos iniciais);

• "A música do Toquinho fez eu lembrar da minha mãe" (estudante);

• "Quero fazer uma apresentação também" (manifestação de interesse);

Algumas famílias:

• "Que legal ver meu filho(a) ali no palco";

• "Não imaginava que conseguiam memorizar tudo isso".

O Que o Evento Movimentou na Escola

Imediatamente após:

• Estudantes de turmas que não apresentaram pediram para participar da próxima edição;

• Conversas entre estudantes sobre que obra gostariam de trabalhar em 2026;

• Professoras compartilhando informações sobre como os estudantes se prepararam.

Engajamento observado:

• Estudantes que costumam ser mais retraídos participaram ativamente das apresentações (principalmente através de gestos, movimento, sem necessidade de fala);

• Diferentes linguagens permitiram que vários perfis de estudantes se expressassem — nem todas as apresentações exigiam memorização de falas; algumas enfatizavam movimento, outras canto, outras gesto.

Qualidade das apresentações:

• Não eram perfeitas (algumas crianças tímidas, esquecimentos de falas, momentos descoordenados);

• Justamente essa "imperfeição" era humanizadora — mostrava processo real de aprendizagem, não performance ensaiada.

Próximas Ações Pactuadas

Curto prazo (próximas 2 semanas):

• Sistematizar registros (fotos, vídeos, anotações) em portfólio compartilhado;

• Estudantes completarem fichas de reflexão: "O que aprendi? Como me senti? Que história gostaria de contar na próxima vez?"

Médio prazo (próximo mês/semestre):

• Criar momentos mensais de "minichas literários" — apresentações menores com trabalhos em progresso;

• Expandir para comunidade: convidar famílias para co-criar histórias ou apresentações.

Longo prazo:

• Documentar aprendizagens em portfólio visual;

• Conectar experiências do Chá com conteúdos curriculares (Português, Ciências, História).

💬 O Que Esses Momentos Revelaram

O VI Chá Literário não foi apenas apresentação de conteúdo. Foi espaço onde:

• Estudantes compreenderam que suas vozes importam;

• Expressão ganhou múltiplas formas — nem toda aprendizagem precisa ser verificada por escrito;

• Comunidade se reuniu em torno de narrativas compartilhadas;

• Professoras e professores também foram vulneráveis, se expondo como criadores (como no caso de Naureni).